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jueves, 21 de mayo de 2015

Entrevista: Viver numa kombi

Hoje vamos compartilhar com vocês a entrevista que Mirela, do blog Vita Insanis, fez conosco sobre como é viver numa kombi e viajar assim. Espero que gostem. 
Ao final deixamos o link do blog, para quem quiser conhecer melhor o trabalho dela!


Olá galerinha do Vita Insanis, a maioria das pessoas sempre pensou em viajar pelo mundo, conhecer vários lugares e conhecer varias culturas diferentes, mas poucos tem coragem ou condição financeira pra realizar esse desejo. Mas ainda existem exemplos de pessoas que saem pelo mundo e abrem mão do conforto de uma casa, de um emprego com renda fixa. 
Camila Augusto dos Santos, brasileira, geóloga, 25 anos e Leopoldo Palomeque, argentino, licenciado em administração, 32 anos. Saíram viajando pela América Latina de Kombi, isso mesmo, de Kombi! Fiz uma pequena entrevista com a Camila e ela contou sobre essa experiência.





1. De onde surgiu a ideia de morar numa Kombi? O início foi difícil? Sua família foi contra?
Faz alguns anos que sonhava em viajar numa kombi, porém não me animava fazer isso sozinha. Assim que comecei viajando de mochileira pelo Brasil e depois de passar 2 meses de uma viagem que ia ser de mais ou menos 1 ano pela América do Sul, conheci meu companheiro. Ele havia começado sua viagem pelo mundo fazia 1 mês e meio numa kombi, na Argentina. Começamos a viajar juntos, isso já faz 1 ano (é muito engraçado porque sempre fazia a brincadeira que ia conhecer um argentino em uma kombi). No começo foi difícil a mudança abrupta de planos de viagem e a convivência diária em um espaço tão pequeno com outra pessoa desconhecida, e também porque começava o inverno e estávamos no Sul do continente. Foi um processo de mudança e adaptação para os dois, porém com a ajuda do "amor" se tornou mais fácil.
Minha família sempre me apoiou nas minhas decisões, querendo ou não eles que me despertaram a paixão de viajar desde criança. 





2. A quanto tempo vocês moram numa Kombi? Qual a fonte de renda de vocês?
Como disse antes, faz 1 ano que moramos e viajamos na Kombi. Nossa fonte de renda é a venda de artesanato, fazemos pulseiras, brincos e pingentes de macramê e alpaca, com pedras polidas. Também vendemos minerais em bruto para coleção. O bom da Kombi é que ela por si só chama atenção, e isso nos ajuda muito nas vendas. Tentamos sempre vender em ruas e praças do centro da cidade, ou nas costaneiras, onde tenha movimento de pessoas para assim sempre ficar na frente da Kombi. A kombi é simpática, atrai as pessoas, muitos se aproximam só para ver como é por dentro e perguntar da viagem.




3. Qual é a melhor e a pior parte de se morar numa Kombi?
Creio que é uma questão de adaptação morar numa Kombi. Quando conheci a Leopo, meu companheiro, o interior da Kombi estava adaptado para uma pessoa, viajamos todo o ano passado assim, e com o tempo fomos percebendo que era necessário fazer algumas mudanças para melhorar o ambiente. Assim no fim do ano, desmontamos todo o interior, deixamos sem nada, e desenhamos como deveria ser para nós. Colocamos mãos a obra e com a ajuda de nosso cunhado, fizemos nós mesmos todos os móveis. Sentíamos a necessidade de uma cama mais larga, móveis para guardar todas nossas coisas, a possibilidade de armar uma mesa dentro, um móvel de temperos e coisas de cozinha, etc. Hoje em dia já nos sentimos muito a vontade na nossa casinha. Lógico que tem alguns pontos negativos de morar numa kombi, por exemplo, a falta de banheiro, temos que estar sempre procurando posto de gasolina e lugares que deixam usar o banheiro. Outro fator que nos incomoda um pouco é não poder estar de pé na kombi, sabemos que ao passar dos anos, vai fazer muito mal para nossas colunas, por´isso temos planos de conseguir adaptar um teto mais alto. Fora esses dois fatores, creio que nos adaptamos muito bem na vida de kombi, é um trabalho de desapego material, já que tudo o que temos e que necessitamos tem que entrar nesse pequeno espaço. Já sabemos que sempre que vemos uma torneira disponível temos que lavar louça. Cada coisa que temos tem um lugar certo na kombi, assim que criamos o hábito de ser organizados e sempre colocar de volta cada coisa em seu lugar, porque se não em pouco tempo vira uma bagunça. E o lado positivo é poder estar viajando com uma "casa", nunca pagamos hospedagem, podemos ir para qualquer lugar sem a preocupação de "onde vamos passar a noite?", podemos levar coisas importantes para nós, que com uma mochila não seria possível, e podemos ter esse sentimento de "sentir-se em casa" em qualquer lugar do mundo.


Você pode acompanhar a vida desse casal pela página no Facebook,Viajeros de um Mundo Utópico


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